MÍDIA BSB-FSA - EM 2014 SERÁ "MÍDIA NEWS"
A única com notícias em tempo real no Brasil e no mundo
Direto da Redação em Brasilia - Reportagem 02/01/14 | Letícia Müller
Samsung lança TV 4K com 110 polegadas
Anunciada na CES 2013, televisão chegou ao mercado coreano nesta segunda por US$ 150 mil
A Samsung começou a vender nesta segunda-feira, 30, uma TV com tela plana Ultra HD de 110 polegadas – a maior do mundo para o consumidor comum, com aproximadamente 2,6 metros por 1,8 metros, sendo mais larga do que uma cama tamanho king size.
O preço, de acordo com a Associated Press, é de US$ 150 mil, e o modelo será lançado por enquanto apenas na Coreia do Sul, na China, no Oriente Médio e em alguns mercados europeus.
O modelo, prometido pela empresa na CES 2013, realizada no último mês de janeiro, é um dos últimos lançamentos antes da nova geração de TVs Ultra HD, a ser anunciada na próxima CES, em janeiro de 2014 – a empresa coreana já divulgou que trará um novo aparelho com tela curva de 105 polegadas.
Em 2013, a venda de TVs Ultra HD alcançaram 1,3 milhões de unidades, e devem crescer até 23 milhões em 2017, de acordo com estudos da consultoria NPD DisplaySearch.
As TVs Ultra HD são conhecidas também como 4K por conter quatro vezes mais pixels que uma televisão com configuração HD simples.
Também conhecido como 4K, tecnologia é aposta dos fabricantes para a Copa do Mundo de 2014
Daqui até a Copa do Mundo, o consumidor pode se preparar para ouvir cada vez mais dois termos quando o assunto for televisão: 4K e Ultra HD. Ambos os nomes são usados para classificar uma resolução de imagem que é a última novidade do meio. Trata-se de um upgrade e tanto para os olhos: as telas 4K comportam quatro vezes mais pixels que as Full HD, até agora o patamar de resolução mais alto das TVs no mercado.
A feira de eletrônicos IFA, que começou em Berlim (Alemanha) na semana passada, conta com muitas novidades na área. A Sony anunciou uma filmadora que capta imagens em 4K. A Samsung mostrou uma tela curva com a resolução e uma nova versão do tablet híbrido Galaxy Note que grava em 4K. A Acer apresentou um celular que também grava no formato. Já a Panasonic exibiu um tablet gigante, com tela de 20 polegadas e resolução 4K.
A tecnologia é nova e por isso o preço ainda é elevado para o consumidor. As primeiras TVs 4K lançadas no País, no fim de 2012, foram dois aparelhos de 84 polegadas da LG e da Sony, que custavam, respectivamente, R$ 43 mil e R$ 100 mil. “Era um modelo feito muito mais para divulgar a tecnologia do que para vender”, diz Luciano Bottura, gerente de marketing da Sony. “Não vendeu muito, nem era esse o objetivo.”
As vendas da TV da LG, por outro lado, surpreenderam a empresa. A fabricante afirma que o Brasil se tornou o seu terceiro maior mercado de TVs 4K no mundo, atrás de Estados Unidos e Austrália. A gerente de marketing da LG, Fernanda Summa, diz que não foram apenas os consumidores de São Paulo e Rio de Janeiro que se empolgaram com a novidade. A Região Norte também mostrou forte interesse nos televisores.
Uma loja em especial de Porto Velho (RO), a Coimbra, vendeu sete unidades do aparelho de 84 polegadas da LG em 20 dias, segundo o supervisor de vendas Janier da Silva. “É um símbolo de status ter um aparelho desse em casa”, diz.
Em julho, a Sony lançou dois modelos com preços menores, de R$ 12.999 (de tela de 55 polegadas) e R$ 22.999 (65 polegadas). Na semana passada, LG e Samsung também anunciaram novas TVs nesses tamanhos e faixas de preço.
“O Brasil não é mais visto por nós como mercado emergente, mas, sim, mercado importante”, avalia Roman Cepeda, diretor de vendas e marketing de produtos de TV da Samsung para a Amériaca Latina. O executivo aposta no sucesso do 4K aqui. “A televisão é um fator culturalmente importante”, diz.
A Samsung, assim como as outras empresas, enxergam a Copa do Mundo como alavanca para vendas de TVs maiores e mais sofisticadas, incluindo os modelos 4K. “Esse formato será a grande aposta da Sony para a Copa do Mundo”, afirma Bottura. Para fazer um teste, em junho a empresa captou em 4K três jogos da Copa das Confederações no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.
Na loja e nas apresentações, a tela 4K é deslumbrante. A imagem tem profundidade, clareza e nitidez que impressionam. Mesmo olhando de perto, a imagem na tela não perde a nitidez, como ocorre até com as TVs em Full HD. “As telas grandes pedem uma distância mínima para assistir”, diz Bottura, da Sony. “A TV 4K não. Você senta rente à tela e não vê os pixels.”
Sem conteúdo. Essa revolução de imagem, porém, não será televisionada como na loja. Pelo menos por enquanto. O principal motivo é que não existe praticamente conteúdo transmitido em 4K. O que se vê nas lojas são imagens criadas especialmente para demonstração.
Os fabricantes garantem, porém, que imagens de Blu-Ray e Full HD têm ganho de qualidade na tela 4K, num fenômeno conhecido como “upscaling”.
Produtores de conteúdo como a TV Globo e o site Netflix já investem na produção de conteúdo em 4K. A emissora brasileira capta imagens com a definição desde 2011. Filmou o Carnaval de 2012 nessa resolução e o evento deste ano em 8K – formato ainda mais avançado e que está em fase experimental. A tecnologia 4K também é usada na série A Grande Família e aparecerá na novela Joia Rara, que estreia em duas semanas.
Segundo Raymundo Barros, diretor de engenharia de entretenimento da emissora, a diferença de imagem pode ser percebida mesmo em TVs que não são 4K. “Mais importante é a qualidade do pixel. Essas câmeras conseguem cores mais naturais”, explica.
Um executivo da Netflix afirmou em maio ao site The Verge que a empresa também filmou a série House of Cards em 4K, para lançamento futuro da tecnologia. Por e-mail, o diretor global de comunicação da Netflix, Joris Evers, não confirmou a informação, mas enfatizou a importância do 4K nos planos futuros da companhia. “Acreditamos que a transmissão online será o principal meio para os consumidores desfrutarem do conteúdo 4K nas TVs e temos toda a intenção de ser um dos primeiros a entregar títulos em 4K.”
Um outro ponto a desenvolver é como o conteúdo chega do emissor ao espectador. O executivo da Netflix diz que “ainda existem muitas peças que precisam ser colocadas no lugar, incluindo hardware para TV, equipamento para streaming e tecnologia de codificação”.
Para as emissoras de televisão o caminho é ainda mais longo. “A transmissão pelo ar no Brasil ainda não tem padrão, nem espectro de radiofrequência para isso. Outros meios, como cabo e streaming, conseguirão entregar o 4K primeiro”, afirma Barros
Nenhum comentário:
Postar um comentário