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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

CRIANÇA DESAPARECIDA DESDE DE TERÇA FEIRA - CASO JOAQUIM PONTES

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Direto da Redação Brasília - DF 08/11/2013
Atualização às 23 :44 Por| Letícia Müller

Tio de menino desaparecido diz que mãe e padrasto agem com descaso
'Estão descansando', diz Felipe Paes sobre Justiça negar prisão do casal.
Bombeiros encerram buscas até novos indícios sobre caso em Ribeirão, SP.

Arthur Paes, pai do menino desaparecido (à esquerda), e o tio da criança, Felipe Paes, prestaram novos depoimentos na DIG em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução/EPTV)

Visivelmente cansados, o pai e o tio do menino Joaquim Ponte Marques, desaparecido há três dias em Ribeirão Preto (SP), prestaram novos depoimentos na manhã desta sexta-feira (8) na Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Ao chegarem ao local, o tio, Felipe Paes, criticou a ex-cunhada e o atual marido dela, os últimos a terem contato com o garoto, afirmando que ambos não estão colaborando com o caso.
“Eu acho muito estranho eles dizerem que estão preocupados, mas não aparecerem por aqui [na delegacia]. Eles só vêm aqui porque a polícia manda. A gente não dorme e eles estão em casa descansando”
A mãe do garoto, Natália Ponte, e o padrasto, Guilherme Longo, tiveram o pedido de prisão temporária negado pela Justiça na tarde de quinta-feira (7) e permanecem na casa da família, de onde o garoto de 3 anos  desapareceu misteriosamente, na madrugada de terça-feira (5). O Corpo de Bombeiros informou que as buscas pela criança foram encerradas, até o surgimento de novos indícios sobre o caso. Na quinta-feira, equipes passaram o dia todo no Rio Pardo à procura de pistas.
Ainda na quinta-feira, Felipe criticou a decisão da juíza da 2ª Vara Criminal de Ribeirão, Isabel Cristina Alonso dos Santos, que negou o pedido de prisão, alegando que o casal colabora com as investigações e não oferece risco de fuga. “A gente está há três dias em frente ao DP [Distrito Policial] esperando uma juíza decretar a prisão. Não, não dá a prisão. O cara [padrasto] está dormindo, na casa dele. É certo isso?”, disse o tio do menino.
Felipe e o irmão, o produtor de eventos Arthur Paes, pai de Joaquim, moram em São Paulo e estão hospedados em um hotel próximo à delegacia desde terça-feira, quando receberam a notícia do sumiço do garoto. Ao contrário do discurso amistoso dos últimos dias, Arthur disse que também não concordou com a decisão da juíza, de negar a prisão temporária de Natália e Longo.
"Eu não concordo, meu filho está sumido há três dias, não tenho resposta. O menino precisa de tratamento médico, precisa de ajuda e ninguém ajuda, ninguém fala nada. Não estou acusando ninguém, eu só quero uma resposta. Eu preciso saber o que está acontecendo", afirmou o pai do menino, visivelmente emocionado.
Arthur afirmou que está tomando calmantes, mas tem conseguido dormir, em média, apenas duas horas por noite. Na madrugada de quarta-feira (6), ele disse ter percorrido as principais ruas do Centro da cidade, entregando panfletos com informações e foto do filho. A ação se repetiu durante todo o dia em frente à delegacia, mesmo embaixo de chuva.
"Eu estou perdido. Eu quero uma resposta, eu preciso de uma resposta. Ou a juíza, sei lá, manda para a Dilma [Rousseff], alguém precisa me ajudar, o governador de São Paulo. O que eu não posso é ficar três dias plantado na porta de uma delegacia sem saber do meu filho", disse o pai do 
O menino Joaquim Ponte Marques está desaparecido desde a madrugada de terça-feira (5) em Ribeirão (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)


O caso
Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desapareceu na madrugada de terça-feira, de dentro da casa onde mora com a mãe e com o padrasto no bairro Jardim Independência. Em depoimento, Natália afirmou que notou a ausência do filho pela manhã, ao procurá-lo no quarto, por volta de 7h, para aplicar uma dose de insulina, já que o menino é diabético.
Ainda segundo a mãe, as janelas da casa têm grades, o portão estava trancado, mas a porta da sala estava aberta. Natália afirmou que o atual marido é usuário de drogas e que teria sido ele o último a ter contato com o garoto, ao colocá-lo para dormir, por volta de meia-noite.
Também em depoimento, segundo a polícia, o padrasto do menino, Guilherme Longo, teria contado que colocou o menino para dormir por volta de meia-noite e, durante a madrugada, saiu para comprar drogas, mas não encontrou quem fornecesse e retornou para casa.
O casal prestou esclarecimentos diariamente desde a última terça-feira. Segundo o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, ainda há contradições nas declarações de ambos e uma suposta testemunha deve ser ouvida na tarde desta sexta-feira. Ele não informou, porém, a relação dessa pessoa com a família.

Pedido de prisão de Guilherme Longo e Natália Ponte, padrasto e mãe do menino desaparecido, foi negado pela Justiça em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução/EPTV)

Boa relação
Principais suspeitos pelo desaparecimento de Joaquim, o padrasto, Guilherme Longo, e a mãe do menino, Natália Ponte, negam qualquer tipo de participação no caso. Longo chegou a descrever sua relação com o garoto como perfeita. "Eu o amo muito para fazer qualquer coisa."
Apesar de admitir a dependência química e confirmar que na madrugada em que o garoto desapareceu, ele havia saído para comprar drogas, Longo disse também que o vício nunca interferiu no relacionamento entre ele e Joaquim.
"Era uma convivência de pai e filho. Nunca tentei tomar o lugar do pai dele. Inclusive, ele vem dentro de casa, é um cara muito bem vindo e sempre foi, só que eu fazia o papel de pai para o Joaquim", disse o padrasto em entrevista nesta quinta-feira, na casa da família.
Sobre o sumiço do filho, Natália também reafirmou que estava dormindo na madrugada do desaparecimento e disse não encontrar explicações para o fato. "Aconteceu o que aconteceu, não sei te falar como. Infelizmente o Joaquim não está aqui agora com a gente. A gente não sabe se alguém entrou aqui, se ele saiu andando. Estamos esperando as investigações para ver o que acontece."

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