Caos total na cidade satélite de Ceilandia - Brasília -DF
Publicação e Reedição Mídia Bsb-Fsa 08/10/3013 09:22h
Por: Leticia Muller
Um anoitecer digno de um verdadeiro filme de terror. Foi esse o cenário que moradores de Ceilândia enfrentaram ontem, devido ao forte temporal que castigou a cidade. Em um dos pontos de alagamento, no viaduto do metrô, altura da EQNN 5/7, uma criança morreu afogada dentro de um ônibus escolar, que ficou ilhado. Pelo menos dez casas do Setor Habitacional Sol Nascente foram destruídas. Em outros locais, caminhões tombaram e ruas ficaram intransitáveis. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, foram pelo menos 30 ocorrências relativas às chuvas. Até o fechamento desta edição, não havia informações oficiais a respeito do acidente que matou uma criança. Porém, o autônomo Rafael Alves viu tudo de perto e disse que a tragédia poderia ter sido evitada. "Eu estava descendo o viaduto e a enxurrada invadiu meu carro, na altura da minha cintura. Eu pedi para a polícia interditar o acesso, mas não me ouviram e logo depois o ônibus escolar ficou preso e aconteceu essa tragédia", lamenta. Outras três crianças foram levadas ao hospital. BURACOS O vendedor Antônio dos Reis, 41 anos, morador do Sol Nascente, conta que viveu um verdadeiro terror na noite de ontem. "Eu tinha acabado de chegar e estava tudo alagado. Vi minha mulher ilhada e não pensei duas vezes: fui socorrê-la. Mas, como tem muitos buracos na rua, eu caí. Por sorte, não fui arrastado”. Famílias ficaram desabrigadas O coronel Sérgio Bezerra, subsecretário da Defesa Civil, afirma que, além das casas completamente destruídas, muitas outras ficaram destelhadas ou tiveram muros danificados. “São casas em áreas de risco, construídas sem qualquer técnica”, explica. Segundo ele, algumas famílias desabrigadas foram para a casa de familiares, e para outras foram disponibilizadas barracas da Defesa Civil, até que a Secretaria de Desenvolvimento Social providencie auxílio. Moradora do Sol Nascente, Maria das Graças diz que não tem esperança alguma de que melhorias possam vir. Ela conta que viu a morte de perto. "Não consegui atravessar a rua, o vento e a enxurrada estavam fortes. Isso é só o início, porque aqui não tem nenhuma estrutura para receber chuvas. Imagina daqui pra frente", observa. Em Ceilândia Norte, teve até chuva de granizo. Dezenas de casas acabaram destelhadas. A cidade também sofreu com falta de energia, assim como algumas quadras de Samambaia Norte. Diversas casas em Ceilândia e Taguatinga foram invadidas pela enxurrada. Nem mesmo a 19ª Delegacia de Polícia, no Setor P Norte, escapou da invasão das águas.
Fonte: Da redação do clicabrasilia- Para Mídia Bsb-Fsa
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